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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Encontros vocálicos

Encontros Vocálicos

Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o tritongo e o hiato.
1) Ditongo
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser:
    a) Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal.
    Por Exemplo:

      sé-rie (i = semivogal, e = vogal)
    b) Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal.
    Por Exemplo:

      pai (a = vogal, i = semivogal)
    c) Oral: quando o ar sai apenas pela boca.
    Exemplos:

      pai, série
    d) Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.
    Por Exemplo:
      mãe
2) Tritongo
É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem, numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal.
Exemplos:
    Paraguai - Tritongo oral
    quão - Tritongo nasal
3) Hiato
É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais de uma vogal numa sílaba.
Por Exemplo:
    saída (sa-í-da)
    poesia (po-e-si-a)
Saiba que:
- Na terminação -em em palavras como ninguém, também, porém e na terminação -am em palavras como amaram, falaram ocorrem ditongos nasais decrescentes.
- É tradicional considerar hiato o encontro entre uma semivogal e uma vogal ou entre uma vogal e uma semivogal que pertencem a sílabas diferentes,  como em ge-lei-a, io-iô.
Encontros Consonantais
O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal. Existem basicamente dois tipos:
    - os que resultam do contato consoante + l ou r e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra,  pla-no, a-tle-ta, cri-se... 
    - os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta...
Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo, psi-có-lo-go...
Dígrafos
De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas uma letra.
Por Exemplo:
    lixo - Possui quatro fonemas e quatro letras.
Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas letras.

Por Exemplo:
    bicho - Possui quatro fonemas e cinco letras.
Na palavra acima, para representar o fonema | xe| foram utilizadas duas letras: o c e o h.
Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema (di = dois + grafo = letra). Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos: consonantais e vocálicos.
Dígrafos Consonantais
Letras Fonemas Exemplos
lh lhe telhado
nh nhe marinheiro
ch xe chave
rr Re (no interior da palavra) carro
ss se (no interior da palavra) passo
qu que (seguido de e e i) queijo, quiabo
gu gue (seguido de e e i) guerra, guia
sc se crescer
se deo
xc se exceção
Dígrafos Vocálicos: registram-se na representação das vogais nasais.
Fonemas Letras Exemplos
ã   am   tampa
  an canto
 etilll.gif (126 bytes) em templo
  en    lenda  
 itil.gif (111 bytes) im limpo
  in lindo
õ om tombo   
  on   tonto   
 util.gif (118 bytes) um chumbo
  un corcunda
Observação:
"Gu" e "qu" são dígrafos somente quando, seguidos de "e" ou "i", representam os fonemas /g/ e /k/: guitarra, aquilo. Nesses casos, a letra "u" não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o "u" representa um fonema semivogal ou vogal (aguentar, linguiça, aquífero...) Nesse caso, "gu" e "qu" não são dígrafos. Também não há dígrafos quando são seguidos de "a" ou "o" (quase, averiguo).

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