Pesquisar este blog

sábado, 28 de março de 2015

Exercício sobre inércia, massa e força

Exercício sobre inércia, massa e força

Inércia, massa e força são, respectivamente, a propriedade de resistir à aceleração, medida da inércia e o que causa uma mudança de velocidade ou deformação em um corpo.


  • Questão 1
    Suponha que sobre uma mesa haja um livro. Qual será a força que a mesa exerce sobre o livro, sabendo que a força com que a Terra o atrai é de 10 N?
    a) 5 N
    b) 10 N
    c) 15 N
    d) 20 N
    e) 25 N


  • Questão 2
    Veja a figura abaixo: nela há um bloco de massa m = 2,5 kg. Suponha que o bloco esteja submetido a duas forças horizontais de intensidades F1 = 100 N e F2 = 75 N. Determine a aceleração adquirida pelo bloco, nas unidades do SI.
    a) 5 m/s2
    b) 11 m/s2
    c) 15 m/s2
    d) 10 m/s2
    e) 0

  • Questão 3
    (UFRN) Uma corrente consistindo de sete anéis, cada um de massa 200 gramas, está sendo puxada verticalmente, para cima, com aceleração constante de 2,0 m/s². A força para cima no anel do meio é:
    a) 16,8N
    b) 9,6N
    c) 8,4N
    d) 2,4N
    e) 1,6N

  • Questão 4
    (FUVEST-SP)Um homem tenta levantar uma caixa de 5kg, que está sobre uma mesa, aplicando uma força vertical de 10N. Nessa situação, o valor da força que a mesa aplica na caixa é: (g=10m/s2).
    a) 0N
    b) 5N
    c) 10N
    d) 40N
    e) 50N

Respostas


  • Resposta Questão 1
    Como o livro se encontra em equilíbrio sobre a mesa, a força total que atua sobre ele é zero. Através da força resultante, temos:
    FR=m.a
    F-P=0
    F=P ⇒F=10 N

  • Resposta Questão 2
    Como a força F1 é maior do que a força F2, o bloco é acelerado horizontalmente para a direita por uma força resultante FR. Sendo assim, calculemos a força resultante através da seguinte equação:
    FR=m.a F1-F2=m.a 100-75=2,5.a a=25   ⇒  a=10 m/s2
         2,5
    Alternativa D

  • Resposta Questão 3
    Vejamos a figura: o enunciado disse que a força atua na corrente do meio e essa corrente possui três correntes abaixo dela. Sendo assim, o peso equivalente é o peso das três correntes mais a corrente do meio, ou seja, é o peso das quatro correntes. De tal modo:
    A massa das quatro correntes é igual a 4 x 200 g = 800 g = 0,8 kg; a = 2 m/s2 e g = 10 m/s2.
    FR=m.a F-P=m.a F-m.g=m.a F=m.a+m.g F=m(a+g) F=0,8.(2+10)  ⇒F=0,8 x 12=9,6 N
    Alternativa B


  • Resposta Questão 4
    Inicialmente, temos, atuando sobre a caixa, somente a força peso e a força normal (reação da mesa sobre a caixa). A partir do momento em que o homem aplica a força de 10 N, a caixa não perde o contato com a mesa. Portanto, agora, atuando sobre a caixa, temos três forças. De acordo com a segunda lei de Newton, temos:
    FR=0 (caixa em equilíbrio)
    F+N-P=0
    10+N-m.g=0
    N=m.g-10 ⇒N=50-10⇒N=40 N
    Alternativa D

Inércia,massa e força


Inércia, massa e força

Os conceitos de força e massa são utilizados diariamente por todos nós fora do ambiente científico. Neste artigo, veremos as definições de massa, inércia e força relacionadas às nossas tarefas diárias.

Todos nós, alguma vez, já experimentamos os efeitos da inércia. Dentro de um ônibus, por exemplo, estamos nos deslocando com a mesma velocidade que ele. Sempre que o ônibus faz uma curva, arranca ou freia, ele sofre uma variação de velocidade, seja no módulo ou na direção. Quando isso ocorre, precisamos nos segurar para evitar a queda, pois a tendência do nosso corpo é manter a velocidade. É como se nosso corpo, de alguma forma, estivesse se opondo à mudança de velocidade. Entretanto, quando o ônibus viaja em linha reta, com velocidade constante, não é preciso fazer esforço para ficar parado dentro dele.

- inércia é a propriedade que os objetos têm de opor resistência à aceleração.

- massa é uma medida da inércia. Ela mede a quantidade de matéria do objeto. A massa é uma grandeza escalar e sua unidade no Sistema Internacional é o quilograma (kg).

 

Definição de força

Intuitivamente, associamos o conceito de força à ação de puxar ou de empurrar objetos. Quando levantamos uma mala do chão, estamos exercendo uma força sobre ela. Quando empurramos um carro, também estamos fazendo uma força. Quando uma bola de futebol rola sobre a grama e para, isso significa que a grama exerceu uma força sobre a bola. Em situações práticas, sempre teremos vários objetos com várias forças agindo sobre cada um deles.

  A correta identificação das forças que atuam em cada objeto é o primeiro passo para descrever o que ocorre com ele. Força é o que causa uma mudança de velocidade ou deformação em um objeto.

Características de uma força

- sempre ocorre entre dois objetos
- causa mudança na velocidade ou causa uma deformação
- é uma grandeza vetorial: para caracterizá-la é necessário conhecer sua intensidade, direção e sentido.

No Sistema Internacional de Unidades, a força é medida em newtons, que se abrevia por N.

1N = 1kg.m/s2


Movimento Circular Uniforme

O Movimento Circular Uniforme (MCU) acontece quando sua trajetória é uma circunferência e o módulo de sua velocidade permanece constante no decorrer do tempo.
Em nosso cotidiano é comum observarmos o movimento realizado por ventiladores, rodas de carros e também pelo liquidificador. Todos esses são exemplos de aparelhos que utilizam o MCU.

Para analisarmos a parte teórica dessas utilizações precisamos relembrar os movimentos realizados por um móvel em trajetória retilínea.

A velocidade de um móvel constante e linear é representada pela equação a seguir, que indica a trajetória realizada pelo móvel.
 

Equação da velocidade linear e trajetória realizada por um móvel qualquer

Agora, quando a velocidade do móvel ocorre de forma curvilínea (curva) ou circular teremos a análise da velocidade angular.

Análise do movimento curvilíneo

É importante observar que quando a velocidade do móvel ocorre de forma curva, é necessário analisar, além da velocidade linear, um outro tipo de velocidade presente: a velocidade angular, que é exatamente o ângulo θ, formado imaginariamente entre a ligação dos pontos da trajetória.
A representação matemática do cálculo da velocidade angular é dada pela equação:
 

Onde:
ωm = velocidade angular do móvel
Δθ = deslocamento do móvel
Δt = tempo

Podemos concluir, então, que a velocidade angular do movimento circular uniforme é a relação existente entre o ângulo da trajetória descrito e o tempo gasto para se concluir essa descrição.

No sistema Internacional de Unidades, a velocidade angular é medida em radianos por segundo rad/s.

A junção dessas duas velocidades (linear e curvilínea) proporciona o nascimento de uma nova equação para se calcular o movimento circular.

Onde:
v = velocidade linear
ω = velocidade angular
R = raio

Dentro do estudo do movimento circular uniforme temos também a presença da aceleração centrípeta, ou seja, quando existe variação de velocidade existe aceleração.

A aceleração centrípeta está sempre direcionada para o centro da circunferência. Ela não altera o módulo da velocidade e sua representação matemática é dada pela equação:

 

              acp = v2/ R      ou    acp = ω2 R
         

Observe que a aceleração centrípeta analisa tanto a velocidade linear (v2), quanto a velocidade angular (ω2).

Exercícios sobre Mov. Circular




Frequência (f): é o número de voltas na unidade de tempo.

 

Unidades de f

·         rpm. (Rotações por Minuto)

·         rps. (Rotações por Segundo)

·         rps = = = s -1 = Hz (hertz)
                        No SI: Hz

 

1.

        Transforme : 120 rpm em Hz

RESOLUÇÃO

    Um disco efetua 30 voltas em um minuto. Determine a freqüência em Hz e rpm.

 

RESOLUÇÃO

 

 

Período (T): É o tempo gasto para completar um ciclo (volta)

Unidades de T

·         h (horas)

·         min (minutos)

·         s (segundo)
    No SI: s

3.

        Um satélite artificial demora 2 horas para completar de volta em torno da Terra. Qual é, em horas, o período do movimento do satélite suposto periódico?

RESOLUÇÃO

tempo AB = 2 horas T = 2 h · 4 = 8 horas

 

4.

        Um pêndulo desloca-se de uma posição A a uma posição B, pontos extremos de uma oscilação, em 2 s. Qual é o período? Despreze a resistência do ar.

 

RESOLUÇÃO

tAB = 2 s T = 4 s

 

RELAÇÃO ENTRE O PERÍODO E A FREQUÊNCIA

1 volta                                               T

n (nº de voltas)              1 s (unidade de tempo)

 

n · T = 1 s · T = 1           como  = f
f · T = 1           
                                

 

 5 . 

        Um motor executa 600 rpm. Determine a frequência e o período no SI.

RESOLUÇÃO

    como T = 0,15

 

No movimento Circular Uniforme (MCU)

·         v = velocidade escalar

·         w = velocidade angular

·         acp = aceleração centrípeta

Velocidade Angular (w)

          Dj = Espaço Angular Dt = Intervalo de Tempo

obs.: espaço angular exemplo: Dj = 30º    ou    Dj =
                                                     Dj = 60º    ou    Dj =

 

PARA MCU

1 volta na circunferência :         Dj = 2 p rad
intervalo de tempo de 1 volta:   Dt = T             

 

ou w = 2 pf        (Lembre -se: )

         

UNIDADES DE w

  • rad/s (radiano por segundo)

  • rad/min (radiano por minutos)

  • rad/h (radiano por hora)

  • º/s (grau por segundo)

  • º/min (grau por minuto)

  • etc.

     

VELOCIDADE ESCALAR (V)

            V = w R

 

 

        UNIDADE DE V

  • m/s (metros por segundos)

  • cm/s (centímetros por segundos)

  • km/h (quilômetros por hora)

  • etc.

Aceleração Centrípeta

|| = w²R

        UNIDADES DA ACELERAÇÃO CENTRÍPETA

  • m/s² (metros por segundo ao quadrado)

  • cm/s² (centímetros por segundo ao quadrado)

  • km/h² (quilômetros por hora ao quadrado)

  • etc.

 

6.

        Um ponto material em MCU, numa circunferência horizontal, completa uma volta a cada 10 s. Sabendo-se que o raio da circunferência é 5 cm.
            Calcule:
                    a) o período e a frequência;
                    b) a velocidade angular;
                    c) a velocidade escalar;
                    d) o módulo da aceleração centrípeta.

 

RESOLUÇÃO

a) do enunciado o período é: T = 10 s

        a frequência = 0,1 Hz

 

b) a velocidade angular w

    w = 2 pf = 2·p·0,1 = 0,2 p rad/s
    w = 0,2·3 = 0,6 rad/s

c) a velocidade escalar

    v = w R v = 0,6· 5 = 3,0 cm/s

d)  o módulo da aceleração centrípeta

= w²R

= (0,6)² · 5 = 1,8 cm/s².

 

Teoria e exercícios sobre lançamentos

1. INTRODUÇÃO

Galileu Galilei, considerado como o introdutor do método experimental na Física, acreditava que qualquer afirmativa referente ao comportamento da natureza só deveria ser aceita após sua comprovação por meio de experiências cuidadosas. Para testar as ideias de Aristóteles, conta-se que Galileu realizou a experiência descrita a seguir.

Estando no alto da torre de Pisa, Galileu abandonou simultaneamente algumas esferas de pesos diferentes, verificando que todas chegaram ao solo no mesmo instante.

Quando dois corpos quaisquer são abandonados de uma mesma altura e caem no vácuo ou no ar com resistência desprezível (queda livre), o tempo de queda é igual para ambos, mesmo que seus pesos sejam diferentes.

2. MOVIMENTO VERTICAL NO VÁCUO

Todos os corpos exercem, uns sobre os outros, uma atração denominada gravitacional. Quando um corpo é abandonado de uma certa altura, ele cai, devido à ação da atração gravitacional. Seu movimento é chamado queda livre.

Nos lançamentos verticais e na queda livre, o movimento do corpo será uniformemente variado, pois este corpo sofrerá a mesma aceleração, devido ao efeito da gravidade. Essa aceleração é chamada aceleração da gravidade.

Lançamento para cima. Queda livre máxima.

Equações g vy = v0y ± gt

3. PROPRIEDADES

Na altura máxima, temos a = g e v = 0. O tempo de subida é igual ao tempo de descida. A velocidade escalar de saída é igual à velocidade escalar de retorno ao ponto de lançamento.

O tempo de queda independe da massa e é dado por 2h t g =.

 

Verificação:

1) O movimento sob ação da gravidade é variado ou uniforme? Por quê?

2) O que acontece com o valor da velocidade de um corpo lançado verticalmente para cima?

3) Num lançamento vertical, qual a relação entre o tempo de subida e o tempo de descida?

4) Uma pedra é solta de uma altura de 45m, qual o tempo gasto na queda? Considere a aceleração da gravidade 210 g/m/s=.

5) Um homem lança verticalmente para cima um corpo com velocidade inicial de 10m/s. Considere g=10m/s2, calcule: a) a altura máxima atingida; b) o tempo gasto na subida; c) o tempo total do movimento de ida e volta. Resolução: a) Para calcular a altura máxima devemos lembrar que nesse ponto a velocidade final é zero. V=0 g=10m/s2

Lembre-se! Por convenção, o sinal de g é negativo quando o corpo está subindo.

b) utilize 0VVgt=+ 0=10-10.t 10t=10 T=1s, portanto este é o tempo de subida.

c) Lembrando da teoria, temos que o tempo de subida é igual ao tempo de descida, logo:

tsubida = 1s tdescida = 1s ttotal = 2s

6) Do alto de um edifício, deixa-se cair uma pedra que leva 4s para atingir o chão. Desprezando a resistência do ar e considerando g = 10m/s2, determine a altura do edifício.

7) Uma esfera é lançada do solo, verticalmente para cima, com velocidade inicial de 40m/s. (Nos lançamentos verticais, a velocidade inicial é aquela adquirida pelo corpo logo após o lançamento). A aceleração do corpo é a gravidade, para baixo, e de valor aproximadamente igual a 10m/s2 .

a) Qual a altura máxima atingida? b) Durante quanto tempo a esfera permanecerá no ar? c) Qual o instante em que ela estará a 30m do solo?

8)  (PUC-RS) Um pequeno objeto é lançado verticalmente para cima, realizando na descida um movimento de queda livre. Supondo positiva a velocidade do objeto na subida, podemos afirmar que sua aceleração será: a) positiva na subida e negativa na descida. b) negativa na subida e positiva na descida. c) constante e positiva na subida e na descida. d) constante e negativa na subida e na descida. e) variável e negativa na subida e na descida.

9)  Um menino joga uma pedra para o alto e, depois de 3,0s, ela volta às suas mãos. Desprezando-se a resistência do ar e admitindo-se g=10m/s2, pergunta-se: a) com que velocidade ele lançou a pedra? b) qual a altura máxima atingida? c) com que velocidade ela atinge o solo?

Composição de Movimentos



Composição de movimentos





Você está olhando de cima a carroceria de um caminhão que está em repouso. Sobre a carroceria uma bola está se movendo com velocidade, em relação à mesma, na direção e sentido indicados na figura. Essa velocidade é chamada de velocidade relativa.


Em seguida, o caminhão adquire movimento retilíneo e uniforme de direção horizontal e sentido para a direita, com velocidade  em relação à Terra.Essa velocidade é chamada de velocidade de arrastamento.

                               

Segundo o princípio da independência de movimentos (Galileu Galilei) a bola apresentará dois movimentos parciais: O primeiro em relação à carroceria () e o segundo, provocado pelo deslocamento do caminhão ().

A velocidade da bola em relação à Terra (vista por uma pessoa na Terra), que é chamada de velocidade resultante, será , tal que:



O que você deve saber



Exemplos clássicos:

 Um barco desenvolve velocidade própria (em relação à água) vB=4m/s num rio em que a correnteza tem velocidade Vc=3m/s (velocidade da água em relação à margem). O rio tem largura de 100m. Pede-se:

a) A velocidade () do barco em relação à margem, quando ele sobe o rio.


Em módulo  ---  V=4 – 3  ---  V=1m/s (velocidade com que uma pessoa parada na margem do rio veria o barco passar por ela, subindo o rio).



b) A velocidade () do barco (em relação à margem), quando ele desce o rio.

Em módulo  ---  V=4 + 3  ---  V=7ms (velocidade com que uma pessoa parada na margem do rio veria o barco passar por ela, descendo o rio)

c) A velocidade () do barco em relação à margem sabendo que durante a travessia seu eixo se mantém perpendicular à mesma.


Em módulo  ---  V2=Vb2 + Vc2  ---  V=√14 + 9  ---  V=5m/s (velocidade do barco visto por uma pessoa parada na margem do rio.

d) Qual é o tempo mínimo de travessia?

Esse tempo só ocorre quando o barco é colocado perpendicularmente à margem do rio (item anterior com V=5m/s).

V=ΔS/Δt  ---  5=100/ Δt  ---  Δt=20s  ---  lembre-se de que esse tempo não depende da velocidade da correnteza, mas apenas da velocidade do barco e da largura do rio.

e) Determine, com o eixo perpendicular à margem, a distância que o barco percorre rio abaixo, ou seja, a distância XY (figura).


Essa distância é devida apenas à velocidade da correnteza de valor Vc=3m/s  ---  Vc=ΔS/Δt  ---  3=ΔS/20  ---  ΔS=XY=60m

f) Qual é a distância total que o barco percorre (distância PX) do item anterior?


Pitágoras  ---  (PX)2=602 + 1002  ---  PX=117m

g) Qual deve ser a velocidade () do barco em relação à margem de modo que a distância percorrida durante a travessia seja mínima? Que ângulo o barco deve estar inclinado em relação à perpendicular à margem?

Para que a distância percorrida seja mínima o barco deve atravessar o rio perpendicularmente, ou seja, pelo caminho PY (menor distância entre as margens) e, para que isso ocorra o barco deve estar posicionado conforme a figura abaixo. Assim, a velocidade resultante () deve ser perpendicular à margem de modo que  forme um ângulo β com , tal que:


Senβ=Vc/Vb  ---  Pitágoras  ---  Vb2=V2 + Vc2  ---  42=V2 + 9  ---  V=√7=2,6m/s  ---  senβ=3/4  ---  β – arco cujo sem é  3/4



 Um esquiador está parado na neve e observa que os flocos de neve caem verticalmente com velocidade de 1,8km/h em relação ao solo. Em seguida, ele entra em movimento  horizontal para a direita com velocidade V=36km em relação ao solo. Calcule a velocidade Vfe dos flocos em relação ao esquiador.

Observe que a velocidade dos flocos quando o esquiador está parado, que é vertical, fica inclinada quando ele entra em movimento.


Movimento dos flocos em relação ao solo (movimento resultante)  ---  Vfs=7,2km/h=2m/s  ---  movimento do esquiador em relação ao solo (movimento de arrastamento)  ---  Ves=36km/h=10m/s  ---  é pedido o movimento dos flocos em relação ao esquiador Vfe (movimento relativo).


Aplicando Pitágoras  ---  (Vfe)2 = (2)2 + (10)2  ---  Vfe=10,2 m/s  ---  direção que os flocos de neve formam com a vertical  ---  

tgβ=Ves/Vfs=10/2  ---  β=arco cuja tangente é 5.



 Considere um carro se movendo numa estrada plana e horizontal com velocidade de intensidade V. As rodas desse carro rolam sem escorregar. O ponto 0 corresponde ao eixo da roda, que tem a mesma velocidade que o carro em relação ao solo, e velocidade nula em relação ao carro.


Observe que:



 O único ponto da roda que está em repouso em relação ao carro é o ponto 0 e que possui a mesma velocidade V que o carro.

 No movimento de translação, com o carro se movendo para a esquerda com velocidade de intensidade V, todos os pontos da roda nesse deslocamento também possuem velocidade V.

Devido à rotação em torno de 0, todos os pontos da periferia (parte externa) da roda devem ter a mesma velocidade de intensidade V, que é sempre tangente em cada ponto e orientadas no sentido de rotação da roda (no caso, anti-horário, pois o carro de desloca para a esquerda).




Efetuando a composição dos dois movimentos, de rotação e de translação:


Velocidade resultante nos pontos:

0  ---  VR0=V  ---  A  ---  VRA=2V  ---  B  ---  VRB=√2V  ---  D  ---  C  ---  VRC=0 (informação importante)  ---  D  ---  VRD=√2V

 No caso de um disco estar deslizando com velocidade V, sem escorregamento, no sentido, por exemplo horário, a


 velocidade dos pontos A, do eixo (E) e de B, valem, respectivamente  ---  VA=2V, VE=V e VB=0 (veja figura acima).



 Exemplos e exercícios sobre a utilização dos princípios acima:

- (AFA-SP) Considere uma pessoa que tem entre as palmas de suas mãos um cilindro de eixo C horizontal. Admita que em determinado instante as mãos da pessoa estejam dotadas de movimentos verticais, com a mão esquerda (mão A) descendo, com velocidade de intensidade 8,0 cm/s, e a mão direita (mão B) subindo, com velocidade de intensidade 12 cm/s, conforme representa o esquema.


Supondo que não haja escorregamento do cilindro em relação às mãos, determine no instante considerado as características (intensidade, direção e sentido) da velocidade do eixo C.

Observe nas figuras abaixo que devido somente à mão A o centro do cilindro desceria com V1=4cm/s e que, devido


 somente à mão B ele subiria com V2=6cm/s  ---  superpondo os efeitos provocados por cada mão você obterá o efeito resultante e o eixo C subirá com velocidade de intensidade Vc=2cm/s, direção vertical e sentido para cima.

- Trator de esteira

O trator de esteira é um trator comum, e a única diferença é que no lugar de ter pneus para se locomover foram colocadas esteiras, o que garante uma maior aderência ao solo, e ainda uma melhor distribuição de peso quando está sendo operado em solos onde a terra é solta, também em terrenos pantanosos. Possui grande facilidade de se mover em terrenos irregulares, não deslizam e, por esses motivos, também são utilizados como tanques de guerra

A figura representa um trator de esteira. Os roletes estão acoplados ao motor e giram em movimento circular uniforme com a mesma velocidade angular W. A diferença de velocidade relativa entre as partes da esteira é responsável pelo movimento do trator.


Em relação ao solo, o corpo do trator e cada um dos eixos de seus roletes que estão fixos no trator, avançam com velocidade V. Todos os pontos da parte superior da esteira se movem com velocidade 2V e todos os pontos da parte inferior da esteira, em contato com o solo, tem velocidade nula. Observe que ele não desliza porque todos os pontos da parte inferior da esteira estão em repouso em relação ao solo e que a velocidade dos pontos da esteira variam de zero até 2V.

- Exercício exemplo: O trator de esteira esquematizado na figura está em movimento retilíneo e uniforme para a direita,


com velocidade de módulo v. Suponha que não ocorra deslizamento da esteira em relação ao solo nem da esteira em relação aos roletes.

Os roletes são idênticos, possuem raio R=20cm e giram em torno dos respectivos eixos que estão acoplados ao motor, o qual gira o eixo de cada rolete com a mesma frequência.  

Sabendo que uma mancha M da esteira (indicada na figura) gasta 1 s para deslocar-se do ponto P até o ponto Q, e que nesse deslocamento ela percorre  8m em relação ao solo, calcule:

a) o valor da velocidade v do corpo do trator (que é a mesma que a de cada um dos eixos), bem como o comprimento d indicado na figura;

b) a frequência de rotação de cada rolete em relação ao trator. (considere π=3).

a) A mancha M da parte superior da esteira (assim como qualquer ponto da mesma) quando se move de P para Q, se


desloca com velocidade 2v em relação ao solo, percorrendo ∆S=8m, também em relação ao solo, no intervalo de tempo


∆t=1 s   ---  v=∆S/∆t  ---  2v=8/1  --- v=4 m/s=14,4 km/h (velocidade do corpo trator e de cada eixo de cada rolete)  ---  v=d/∆t  ---  4=d/1  ---  d=4m.

b) Em relação ao trator, todos os pontos da periferia de cada rolete giram com a mesma velocidade escalar (linear) v, que é a mesma que do trator v=4m/s  ---  numa volta completa  ---  ∆S=2πR=2x3x0,2  ---  ∆S=1,2m  ---  v=∆S/∆t  ---  v=∆S/T  ---  4=1,2/T  ---  T=0,3s (período, tempo que cada rolete demora para efetuar uma volta completa)  ---  f=1/T=

1/0,3 Hz  ---  f=(1/0,3)x60  ---  f=200rpm.



Baseado na figura abaixo, considere:
VA=500km/h  ---  módulo da velocidade do avião em relação à Terra
VV=100km/h  ---  módulo da velocidade do vagão em relação à Terra
VB=3km/h  ---  módulo da velocidade de B em relação ao vagão
VC=2km/h  ---  módulo da velocidade de C em relação ao vagão
D  ---  uma pessoa em repouso em relação ao vagão
P  ---  uma árvore
VPL=80km/h ---  módulo da velocidade de PL em relação à Terra
Abaixo estão as velocidades relativas entre:
a) V e P  ---  VVP=100km/h      b) B e V  ---  VBV=3km/h     c) V e B  ---  VVB=3km/h     d) B e D  ---  VBD=3km/h   
e) D e P  ---  VDP=100km/h      f) B e C  ---  VBC=5km/h      g) C e B  ---  VCB=5km/h      h) D e PL  ---  VDPL=20km/h
i) V e A  ---  VVA=600km/h      j) B e P  ---  VBP=103km/h   l) P e C  ---  VPC=98km/h     m) B e PL  ---  VBPL=23km/h
n) B e A  ---  VBA=603km/h     o) C e PL  ---  VCPL=18km/h    p) A e C  ---  VAC­=598km/h